Baseado na história real da poetisa Ingrid Jonker, Borboletas Negras, que estreou dia 16 de setembro, mostra aos espectadores a visão de uma mulher que, em meio ao regime do Apartheid sul-africano, sem apoio das pessoas que realmente contava e a presença de uma forte censura no país, conseguiu se empenhar na luta pelos direitos humanos e se tornou consagrada e considerada como uma das melhores poetizas sul-africanas.
A produção também conta com belíssimas paisagens de Cape Town, cidade onde a personagem protagonizada por Carice van Houten, passou grande parte de sua vida. A diretora Paula van der Oest divide as cenas em dois planos opostos, alguns claros e outros, escuros. Esta sequência de cores leva os sentimentos de Ingrid Jonker a um plano mais palpável, sua genialidade artística caminha para sua autodestruição e, as cenas com oposições de luminosidade, claramente mostram aos seus espectadores como os sentimentos de Ingrid se manisfestavam, seja nas manhãs ensolaradas na praia ao lado de seu grande amor, o também escritor Jack Cope (Liam Cunningham) ou a sombria tarde em que presenciou o assassinato de uma criança em Nyanga, cena que, mais tarde, se tornaria o plano de um de seus mais famosos poemas.
Cometendo suicídio aos 32 anos, Ingrid Jonker não teve a oportunidade de ouvir "The Dead Child of Nyanga" sendo recitado por Nelson Mandela, em seu primeiro discurso no Parlamento Sul-Africano.
Borboletas Negras emociona, ao passo que coloca seu público frente a frente com uma mulher que lutava por seus ideais ao mesmo tempo em que lutava contra si mesma.
Ao mesmo tempo, enquanto nos aproximamos da época de festividades de fim de ano, Bent Hamer surge na direção de Em Casa para o Natal, uma produção que conta com certa peculiaridade humorística em meio a diferentes situações retratadas.
Em Casa para o Natal, como se pode notar, intercala diferentes histórias, que, coincidentemente, revelam o melhor que existe em cada personagem amargo, exatamente na época natalina, onde todos buscam incansavelmente retornar a seus lares para a época. Assim, o diretor propõe uma atmosfera única a cada pequeno conto que é retratado, com tempo e espaço únicos, revelando um equilíbrio incrível que é capaz de cativar seu espectadores mais do que as próprias relações humanas mostradas.
Em Casa para o Natal, como se pode notar, intercala diferentes histórias, que, coincidentemente, revelam o melhor que existe em cada personagem amargo, exatamente na época natalina, onde todos buscam incansavelmente retornar a seus lares para a época. Assim, o diretor propõe uma atmosfera única a cada pequeno conto que é retratado, com tempo e espaço únicos, revelando um equilíbrio incrível que é capaz de cativar seu espectadores mais do que as próprias relações humanas mostradas.
Mesmo com esta diversidade de personagens, Bent Hamer não distrai seus espectadores, ele consegue mover o foco delicadamente ao longo de todo o filme, para que o público não se perca ao longo da narrativa.
Em meio ao humor proposto por Hamer, existe também um sentimento de tristeza e decepção nestes retratos tão específicos ao longo do filme. Um sentimento que é, claro, marcado também pela esperança que sempre toca seus personagens. Em Casa para o Natal é o tipo de produção que encanta seus espectadores por pequenos, mas diversos pontos presentes nesta incrível narrativa.
Veja o trailer de Borboletas Negras:
Veja o trailer de Em Casa para o Natal:
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