O tributo feito à coreógrafa alemã Pina Bausch chega a lista de documentários que concorrerão ao Oscar 2012, conforme divulgado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. O longa, dirigido por Wim Wenders é, pelo que se consta, o primeiro filme de arte disponível na versão 3D, tratando-se de uma verdadeira inovação para o campo cinematográfico.
Durante o Festival de Berlim, Pina causou enorme comoção. A obra é uma homenagem que, com visual emocionante, adentra a dança e os pensamentos da coreógrafa Pina Bausch, que faleceu em 2009. Segundo o próprio diretor, a técnica do 3D utilizado soou como algo peculiar, porém que daria uma solução criativa para fazer jus ao magnifico trabalho da artista. De fato, a utilização da técnica foi um importante passo para transportar aos seus espectadores a noção de profundidade e volume, aproximando assim o público de uma realidade totalmente nova. Mesmo assim, o uso do 3D não é o único atrativo na produção, que conta com com um trabalho desenvolvido de forma notória, dando ao enredo uma surpreendente dramaticidade, encarnadas em quatro coreografias desenvolvidas por Pina. São elas “A Sagração da Primavera”, “Kontakthof”, “Vollmond” e “Café Müller”.
Wim Wenders escolheu diferentes cenários para apresentar a arte da dança ao seu público; como túneis, campos, avenidas, lagos, que compõem, junto aos dançarinos, uma imersão de imagens, as quais podem se destacar o sentimento e integração entre personagem/ambiente, captando harmoniosamente toda a dramaticidade presente nas coreografias encenadas. O diretor buscou manter sua atenção no ponto de vista da artista, colocando assim um ângulo diferenciado no que pode ser visto por seus espectadores e, claro, mostrando a peculiaridade do olhar de Pina Bausch.
Pina é, com certeza, um documentário que surpreende e emociona, deixa o seu público com vontade de interagir com a tela e, claro, o efeito 3D permite que esta experiência seja quase real.
Nenhum comentário:
Postar um comentário