"É um filme de climas, de gestos, olhares. Um filme sobre nada que abarca tudo. A cena final é linda. [...] Não sei se, pela delicadeza, pelo tom anticlimático, ‘Meu País’ é capaz de agradar a muita gente. O que sei é que me apaixonou – gamei." disse Luiz Carlos Merten, em sua coluna no Jornal Estado de São Paulo |
A história se passa parte na Itália, parte no Brasil: Marcos, interpretado por Rodrigo Santoro, há muitos anos havia deixado seu país de origem, o Brasil, para seguir sua carreira na Itália como um bem sucedido homem de negócios.
Meu País é um filme sobre uma família dilacerada. Irmãos que viveram grande parte de suas vidas separados: Marcos na Itália um executivo bem sucedido, e Tiago (Cauã Reymond) no Brasil gozando a vida as custas de seu pai, Armando (Paulo José).Ao ser pego de surpresa pela morte de Armando, Marcos se vê obrigado a voltar para seu país de origeme reestabelecer antigos afetos com seu irmão Tiago e com a vida que decidiu não viver. Porém o que parecia ser uma viagem curta acaba se prolongando ao descobrir a existência de Manuela, uma meia-irmã que vive numa clínica psiquiátrica porque sofre de deficiência intelectual, mas sua condição não requer cuidados de médicos e especialistas, e sim de afeto e estruturas familiares, que só podem ser construídos pela relação com Marcos e Tiago para que possa se reestabelecer, o que faz Marcos se questionar sobre a que país realmente pertence.
A Revista Cult nesse mês entrevistou exclusivamente o protagonista de Meu País, Rodrigo Santoro. Confira como foi:CULT – O que você tem a ver com o Marcos?
Rodrigo Santoro – O personagem é quase meu oposto. Eu não tenho problemas para falar de sentimentos, não tenho medo da intimidade. E ele é apavorado.
CULT – O filme não deixa claro o que causou a distância entre marcos e o pai. Como desenvolveu o personagem?
Rodrigo Santoro – Construí a história desde os primórdios, de quando ele era pequeno, de como é esse pai, a mãe. Coisas caíram na edição, ficava mais clara a dificuldade da relação com o pai – ele não demonstrava afeto aos filhos, e a mãe morreu cedo.
CULT – Como escolhe o personagem?
Rodrigo Santoro – Não tem fórmula. É como quando se apaixona por alguém. É química, alguma coisa clica. Basicamente é o roteiro e o personagem, e acho muito importante as pessoas com quem vou trabalhar. O que levo de cada filme são experiências que vivi. Se o filme vai ficar bom, dar bilheteria, está fora do meu controle e não é o mais importante.
CULT – Participar do longa de estreia de um diretor, como é o caso do André, é um risco?
Rodrigo Santoro – Claro. Tudo tem seu risco. Mas, no caso de um diretor estreante é um risco maior. Mas uma coisa me fisgou nessa história, sou filho de italiano, foi uma mistura.
CULT – Onde vive hoje?
Rodrigo Santoro – Onde o trabalho está. Tenho casa no Rio, alugo em Los Angeles. E fico indo e voltando. Estou explorando e vivendo minha vida. Dois meses atrás estava em São Francisco, filmando um projeto para HBO. Trabalhei com David Strathairn, cara genial!
CULT – Quais são os planos para o futuro?
Rodrigo Santoro – A concretude dos meus planos é abstrata. A minha meta é o amadurecimento, evoluir como ator, trabalhar minha sensibilidade, meu corpo, minha voz. É uma influencia que tenho sofrido por estar trabalhando fora. O ator lá fora tem formação e lê o tempo todo. Aqui não temos tanto essa cultura.
Fonte: Revista Cult
O longa tem data prevista de estreia em 16 setembro nos cinemas brasileiros e será distribuído pela Imovision. Para mais informações e novidades, sigam os perfís de Meu País no Twitter e Facebook.
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