Em entrevista para "O Globo", Abbas Kiarostami fala de seu novo longa Cópia Fiel, que estreia nessa sexta-feira, e discorre sobre o olhar e posição da mídia, em relação à repressão em seu país.
Na opinião do diretor Iraniano, a repressão ideológica e da liberdade de expressão presente no Irã refletem diretamente na classe artística do país, e acaba sendo manifestada de duas formas diferentes: Por um lado enfrentam a dificuldade de tornar concretas as obras de arte que estão no papel, e por outro sofrem a pressão da imprensa para tomar uma posição “dos artistas” em relação ao Irã.
“Às vezes, eu não sei o que a mídia espera mais de mim, um cineasta: se é que eu tome e expresse uma posição política ou se é que eu faça um novo filme.” Abbas Kiarostami.
De fato, uma posição dos artistas é cobrada em relação à sua opinião política, porém as reflexões propostas pelos filmes, como acontece com os de Abbas Kiarostami, valem muito mais do que qualquer posição que possa ser declarada por ele, pois elas esclarecem pessoas, e consequentemente mudam mentalidades de forma evolutiva, e como Kiarostami enfatiza na entrevista “O Irã não precisa de revolução, e sim de evolução”.
A expressão artística bem formulada é capaz de informar, conscientizar e abrir a percepção da plateia em dimensões políticas e sociais.
Confiar o trailer do mais novo filme de Abbas Kiarostami Cópia Fiel, que estreia essa sexta-feira, 18/03.
Cópia Fiel é mais uma aposta da Imovision. Para saber mais sobre esse e outros filmes deAbbas Kiarostami clique aqui.
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