16 de dez. de 2011

Estreia - Adeus, Primeiro Amor

A juventude calorosa e o amadurecimento doloroso são colocados pela diretora Mia Hansen-Love de uma maneira tão sutil e apaixonante que leva muitos de seus espectadores às lágrimas ao final de Adeus, Primeiro Amor. A história de dois jovens, Camille (Lola Créton) e Sullivan (Sebastian Urzendowsky), um casal de adolescentes que vivenciam juntos as primeiras experiências do amor, da vida a dois, do abandono.

As sensações vividas pela jovem Camille caem por terra quando o namorado decide ir para a América do Sul. Ao que parece, Sullivan não está entregue a esta paixão do mesmo modo que Camille. A dor desta separação é inevitável, e sim, ela se entrega ao sofrimento de uma vida inteira que parece ter sido jogada fora, uma devoção que, de fato, foi em vão. Camille cresce, deixa de ser menina, torna-se mulher, arquiteta. E neste contexto, em meio ao difícil processo de superação, conhece o arquiteto norueguês Lorenz (Magne Havard Brekke), um homem capaz de lhe dar tudo o que precisa para continuar sua vida: amor, uma vida estável e ascenção profissional. A vida de Camille, agora mulher, parece ter sido transformada, de um modo emocionante e terno; até o seu reencontro com Sullivan

Com uma sensibilidade incrível, Mia Hansen-Love consegue adaptar os altos e baixos da vida de sua protagonista em um jogo de cenas que agem como um deleite para os olhos mais atentos à estética cinematográfica. As brincadeiras cênicas, que, com precisão, saem de um pequeno quarto em direção ao universo, às ruas, às praças, praias e campos são a poética metáfora à vida de Camille, aos desencontros, ao seu amor incondicional pela vida, dela e dos outros, é um retrato rico de nossas próprias experiências, da necessidade de crescer e mudar. Mia Hansen-Love, inclusive deu uma entrevista recentemente falando um pouco sobre seus sentimentos em relação a Adeus, Primeiro Amor. Ela pode ser conferida na íntegra aqui.

Veja o trailer de Adeus, Primeiro Amor, em cartaz nos cinemas:

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