30 de nov. de 2011

Mostra "Filme em Foco", na Estação SESC Botafogo exibirá filmes da Imovision

A Mostra "Filme em Foco", que estará em exibição de 2 a 15 de dezembro na Estação SESC Botafogo contará com 14 filmes no total, sendo 7 deles inéditos e 7 já lançados ao longo do ano. Após cada filme, o público também poderá contar com um debate informal, que contará com personalidades de áreas diversas. 
Dentre os filmes exibidos, seis títulos são de produções distribuídas pela Imovision e a Mostra contará com títulos inéditos no circuito comercial, como A Guerra Está Declarada e filmes que estiveram em cartaz nos últimos meses, como Incêndios.

Os filmes distribuidos pela Imovision que serão exibidos são:


Incêndios, de Denis Villeneuve - um dos filmes mais vistos no Circuito Estação (35 semanas em cartaz), será comentado pela filósofa Silvia Pimenta e pela crítica, jornalista e roteirista Susana Schild. 

Incêndios concorreu ao Oscar 2011 e foi aclamado pela crítica internacional.








Homens e Deuses, de Xavier Beauvois, analisado pela teóloga Maria Clara Bingemer.
O filme conta a história da conturbada relação política na Argélia, onde os protagonistas são monges franceses que se veem cercados por um conflito que parece não ter solução.








A Guerra Está Declarada, de Valérie Donzelli – sucesso de bilheteria na França, analisado pelo crítico e jornalista Pedro Butcher.

A história verdadeira da diretora Valérie Donzelli é mostrada com um toque único, ao mostrar sua vida envolvida em um problema devastador: a doença de seu filho pequeno.







Românticos Anônimos, a "comédia romântica e achocolatada", de Jean-pierre Améris será abordada pela crítica e escritora Maria Silvia Camargo.

Românticos Anônimos mostra a história de Jean-Reneé e Angelique, duas pessoas com uma imensa paixão pelos chocolates (ele, dono de uma fábrica de chocolates e ela, uma especialista no assunto) que, ao mesmo tempo, precisam aprender a lidar com os sentimentos, com a ansiedade e a timidez. 





Isto Não É um Filme, de Jafar Panahi e Mojtaba Mirtahmasb – o Irã e o Cinema, segundo a cineasta Ana Azevedo e o critico e jornalista Andre Miranda.
Um retrato crítico sobre a real situação do diretor Jafar Panahi, iraniano, que foi condenado. Agora, ele precisa encontrar uma solução para a sua sentença: a de não poder mais produzir filmes nos próximos 20 anos.







Cairo 678, de Mohamed Diab – analisado pela pesquisadora e crítica Patrícia Rebello.

Em Cairo 678, a situação de mulheres comuns é colocada a prova nesta produção, que vai além do convencional e chega a uma profunda reflexão sobre a violência contra a mulher no Egito. 






De fato, a Mostra "Filme em Foco" abordará diversos temas de interesse geral do público, além de, claro, exibir obras realistas e contemporâneas. De 2 a 15 de dezembro, na Estação SESC Botafogo.

Em Cartaz - O Garoto da Bicicleta e Se Não Nós, Quem?

Nesta semana, duas produções distribuídas pela Imovision são destaque nos cinemas, são elas O Garoto da Bicicleta, de Jean-Pierre e Luc Dardenne e Se Não Nós, Quem?, de Andres Veiel.
Em O Garoto da Bicicleta, a emocionante história de Cyril (Thomas Doret), um garoto de 11 anos abandonado pelo pai, Guy (Jeremie Renier) é marcada por uma vasta reflexão sobre os relacionamentos familiares. Os irmãos Dardenne, em uma produção vencedora do Prêmio do Juri do Festival de Cannes, tenta mostrar toda a dramaticidade de uma difícil situação pela qual o pequeno Cyril passa, ao se ver sozinho, porém, com um toque muito próprio, que camufla as emoções e destaca a ação humana, mesmo em um universo que é ínfimo, parte do cotidiano.
O mote da história é a presença da cabelereira Samantha (Cécile de France) que desenvolve uma linda relação com o revoltado garoto. Ela, como tutora e ele, como seu aprendiz, desenvolvem uma relação de cooperação mútua, que se mantém frágil devido ao comportamento explosivo de Cyril. Em uma excelente atuação, Cécile de France parece captar aquilo que, para muitos é uma sutileza da expressão, porém, transforma-se em uma personagem que consegue passar, através dos mínimos movimentos, a força e a necessidade que a tornam expressiva e carismática. Quanto ao pequeno Thomas Doret, pode-se ver um desenvolvimento impressionante da personagem, um trabalho curioso para um ator de tão pouca idade - tanto que é possível aos espectadores despertarem verdadeiras reações em relação ao temperamento impulsivo do menino, ao mesmo tempo em que se sensibilizam com a sua situação. Uma verdadeira obra criada por Jean-Pierre e Luc Dardenne, que emociona e engrandece a arte cinematográfica. 
Um drama político é o tema central de Se Não Nós, Quem?, uma história baseada em fatos reais, que propõe ao espectador um momento histórico extremamente conturbado, sendo o palco principal para o desenvolvimento da ação, a Alemanha das décadas de 60 e 70. A história do escritor Bernward Vesper (August Diehl) e sua companheira, a ativista política Gudrun Ensslin (Lena Lauzemis), ligada ao  Grupo Baader-Meinhof, considerado com terrorista de extrema esquerda, surgido após o término da Segunda Guerra Mundial. Com uma situação nacional abalada pelo nazismo, pelas perdas civis e pelo sentimento de culpa alemã, uma vertente aos problemas do país se pautam especialmente nas revoltas e nas investidas estatais para manutenção da ordem. 
Vesper e Ensslin, a princípio, pareciam um casal como qualquer outro. O jovem Bernward tinha o desejo de escrever, mesmo com a imagem tida por seu pai, um escritor pró-nazismo. Se conheceram nos tempos de colégio e, em meio a traições e desconfianças, muitas vezes assumidas, Gudrun Ensslin inicia um processo de afastamento do marido e de aproximação com os movimentos de esquerda que surgiam na época. Conhece Andreas Baader (Alexander Fehling) e, claro, relaciona-se com ele abertamente, até mesmo com o conhecimento de Vesper. Ele, enquanto se dedica ao filho, Felix Ensslin, tenta aprimorar seus dotes literários. Já Ensslin, em uma derradeira oportunidade, mantém-se próxima ao grupo declarado como terrorista. As prisões, a morte, a loucura são presentes; Andres Veiel, o diretor de Se Não Nós, Quem? busca dar um irreverente realismo ao drama, que a partir de uma história real, leva o seu público a uma viagem de intenso conflito, por aquilo que se mostrava impossível de se resolver, em termos políticos em uma Europa recém-destuída pela guerra e ameaçada pelo Leste. 

Veja os trailers de O Garoto da Bicicleta e Se Não Nós, Quem?, já em exibição nos cinemas:

29 de nov. de 2011

Em Breve - A Guerra Está Declarada

A jovem atriz e diretora Valérie Donzelli decidiu contar um pouco sobre sua vida. Ela é apenas mais uma mãe, daquelas que, como qualquer outra, também esteve frente-a-frente com as injustiças da vida. Mais do que isso, Donzelli decidiu dirigir e atuar em um filme que contaria sua trajetória, colocando seus sentimentos à flor da pele em uma história de reviravoltas. Para rodar A Guerra Está Declarada, ela fez um trabalho que, digamos, é muito familiar, pois conta com a atuação de seu marido na vida real, Jérémie Elkaïm e do filho, Gabriel Elkaïm. Ela parece querer mostrar ao mundo inteiro a história de sua verdadeira família, que ao enfrentar um problema, procura manter a positividade. 



A vida de um jovem casal, Roméo (Jérémie Elkaïm) e Juliette (Valérie Donzelli) parece perfeita. A chegada do primeiro filho, Adam, também é uma alegria para os pais, um verdadeiro fruto do primeiro amor. No primeiro ano de vida, descobre-se que o pequeno Adam é portador de um tipo de tumor maligno. Até este ponto, um verdadeiro drama estaria prestes a se formar na vida de tão jovens pais, um acontecimento tão devastador que os levaria ao mais alto grau de depressão. E é exatamente aí que Valérie Donzelli mostra ao mundo que é preciso ter forças para manter a alegria de viver e a esperança de que tudo dará certo no final. Não é incomum ver Roméo e Juliette dividindo seu tempo entre questionamentos dos famíliares curiosos com o estado da criança, entre visitas ao hospital onde Adam recebe tratamento e também entre festas e encontros com amigos. 

Esteticamente, Donzelli buscou contrastes muito claros na utilização das cores, que se entrelaçam entre tons fortes, quentes, quase fluorescentes e tons extremamente frios. Além disso, a utilização de formas arquitetônicas geométricas também se encaixa no conjunto de contrates mostrados, cenas com arquitetura pontiaguda, como as portas dos hospitais, são de grande impacto, ao se correlacionarem com as formas suaves dos momentos em que parece haver algum toque de esperança e felicidade na vida desta família.

Outro ponto que chama a atenção de seus espectadores é a trilha sonora. Embalado por contrastes, é possível separar as quase fanfarras que permeiam alguns momentos com melodias introspectivas, dignas de uma emoção que surge sem dar nenhum sinal, apenas pela harmonia dos elementos estéticos. O grande destaque fica por conta da emocionante The Bell Tolls Five, do artista sueco Peter Von Poehl, música-tema de A Guerra Está Declarada. Peter Von Poehl vem se destacando mais e mais na cena musical europeia e, mesmo iniciando sua carreira em 2006, já foi responsável pela abertura de apresentações de grandes bandas francesas, como Phoenix e Air

A Guerra Está Declarada trata de uma história emocionante, de um drama com um tom de esperança que envolve seus espectadores e, ao seu fim, deixa-os com um sorriso no rosto, mesmo que, na vida real, alguns problemas lhe pareçam tão grandes.

Veja o trailer de A Guerra Está Declarada, que estará em breve nos cinemas:

28 de nov. de 2011

Cine Nostalgia - Fatih Akin

Como tema recorrente, a música percorre de modo peculiar as principais obras do diretor alemão Fatih Akin. De origem turca, Akin também remete ao tema da origem cultural, dos costumes e as relações familiares, especificamente de indivíduos de origem mediterrânea. Com uma visão que mostra aos seus espectadores um lado jovem e, de certa forma, descolado sobre o que é o mundo contemporâneo, Akin também nos leva, com um toque humorístico a um universo completamente conhecido, porém, ignorado, por ser a essência do nosso cotidiano
Hoje, destacamos Soul Kitchen e Atravessando a Ponte - O Som de Istambul, ambos com uma forte pegada musical, como seus próprios títulos sugerem. Em Soul Kitchen, Fatih Akin faz uma distinta mistura entre a música, a culinária e as relações fraternas, que se encaixam no recorrente tema da família mediterrânea. Já em Atravessando a Ponte - O Som de Istambul, Akin elabora um divertido documentário que mescla, mais uma vez, a experiência com diferentes âmbitos musicais e a viagem pelas ruas da maior cidade da Turquia.
Em uma divertida comédia, Soul Kitchen narra a história de Zinos  (Adam Bousdoukos), o proprietário de um restaurante em Hamburgo, cujo nome é Soul Kitchen. Para ser ter uma melhor ideia, Bousdoukos contribuiu com o roteiro, que foi baseado na sua experiência pessoal como o dono de uma taverna grega na Alemanha, onde o próprio diretor, Fatih Akin, era cliente. Em meio a esta situação, Zinos começa a se ver a frente de diversos problemas: seu novo cozinheiro não é competente o bastante para satisfazer os clientes e sua namorada,  Nadine (Pheline Roggan), resolve mudar-se para Xangai. Para resolver o problema, Zinos decide partir em busca da jovem, porém, não pode deixar o restaurante ir à falência e portanto, coloca seu irmão Illias, que acaba de sair da prisão para administrar o Soul Kitchen. Não tarda a saber que então Nadine já arrumou um novo namorado e que Illias está prestes a perder o restaurante em um jogo. As sequências são montadas com um genuíno humor e, claro, todo o clima do soul e da funk music, rejuvenescendo a produção e a deixando com um ar bastante "cool"
Atravessando a Ponte - O Som de Istambul é um documentário diferente, a começar pela narração, que é feita a partir das experiências de Alexander Hacke, vocalista da banda alemã de rock industrial Einstürzende Neubauten. Em sua viagem por Istambul, ele mostra aos espectadores a grande diversidade musical existente naquele país, desde os sons folclóricos, as músicas típicas, os cantores que encantaram as gerações mais velhas, até chegar no que hoje temos como "música nova": a neo-psicodelia da banda turca Baba Zula, a música eletrônica, cuja popularidade cresce vertiginosamente, passando pelo rock alternativo, fruto da influência ocidental e, pelo mesmo caminho, o hip-hop. O documentário também leva seus espectadores a um tom humorístico peculiar, talvez pela grandeza de um local com tanta diversidade, talvez pela narração de Hacke, que é um atrativo a parte pela sua irreverência. Akin, ao se aproveitar do tema, mostra ao mundo um pouco do que é a Turquia nos dias atuais, com um ar juvenil, contemporâneo e globalizado.

Veja o trailer de Soul Kitchen:


Veja o trailer de  Atravessando a Ponte - O Som de Istambul:

25 de nov. de 2011

Saiba onde assistir aos filmes da Imovision

Programação referente a semana de 25/11 a 01/12


Cópia Fiel  
Cinemateca  Paulo  Amorim, em Porto Alegre
Cinemark  Shopping Rio Mar, em Aracaju
Cinemark Downtown, no Rio de Janeiro

Homens e Deuses
Cinemark Shopping D, em São Paulo

A Missão do Gerente de Recursos Humanos
BH Shopping, em Belo Horizonte
  
Minhas Tardes Com Margarette 
Cinemas Topázio, em Campinas
Cine Guion, em Porto Alegre (pré-estreia em 26/11)
Usiminas Belas Artes, em Belo Horizonte

Esses Amores 
Cine Batel, em Curitiba
Cine Lumière, em Maceió
Cine Bouganville, em Goiânia (pré-estreia em 26/11)

Medianeras 
São Paulo
Reserva Cultural

Rio de Janeiro
Cine Joia

Porto Alegre
GNC Moinhos

Salvador
Cinema da UFBA

Fortaleza
Espaço Unibanco Dragão do Mar

Recife
Cine Rosa e Silva

Borboletas Negras
Cinemateca Paulo Amorim, em Porto Alegre

Meu País
São Paulo
Reserva  Cultural
Playarte Praça Da  Moça - Diadema (apenas dia 01/12)
Cinemark Taubaté
Center Vale

Sorocaba
Cine Sorocaba

Maringá
Cine System

Vitória
Cine Metrópolis

Cuiabá
Cinemais

Recife
Shopping Recife

Fortaleza
Mulplex UCI Ribeiro

Belém
Cinepolis (apenas dia 10/11)

São José do Rio Preto
Cinemais

Uberlância
CInemais

Rio Claro
Cinemas Arcoíris

A Criança Da Meia-Noite
Cinemateca Paulo Amorim, em Porto Alegre
Espaço Unibanco Miramar, em Santos (pré-estreia dia 26/11)

Em Casa para o Natal
Unibanco Arteplex, no Rio de Janeiro (pré-estreia dia 26/11)

Se Não Nós, Quem? 
Reserva Cultural, em São Paulo
Cine Guion, em Porto Alegre

O Garoto da Bicicleta                                                                                  
São Paulo
Reserva Cultural
Unibanco Arteplex
Playarte Bristol
Cine Cultura
Espaço Unibanco Augusta
Espaço Unibanco Pompeia
Cine Lumière

Rio de Janeiro
Unibanco Arteplex
Estação Vivo Gávea
Estação Ipanema
Estação Barra Point

Belo Horizonte
Usiminas Belas Artes

Salvador
Cinema do Museu
Cine Vivo
Cinema ds UFBA
Espaço Unibanco Glauber Rocha

Florianópolis
Espaço Beira-Mar

Juiz de Fora
Espaço Alameda

Goiânia
Cine Majestic

Porto Alegre
Cine Guion (pré-estreia dias 25,26 e 27/11)
GNC Moinhos (pré-estreia dias 25 e 26/11)
Unibanco Arteplex (pré-estreia dia 26/11)

Isto Não É um Filme
Reserva Cultural, em São Paulo (pré-estreia 26/11)

Filmes da Imovision estão na lista dos melhores nos Festivais do Rio e São Paulo

Um ranking feito por diversos blogueiros da chamada Liga dos Blogues Cinematográficos elegeu os melhores filmes da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e do Festival  do Rio, no ano de 2011. Com os títulos inéditos inseridos em ambos os festivais, a Liga realizou a votação separadamente. Entre os filmes escolhidos para o Top 10 de ambas as listas, destacam-se produções distribuidas pela Imovision; com um destaque especial para o primeiro lugar dentre os filmes escolhidos na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o iraniano Isto Não É um Filme, de Jafar Panahi.
A lista, em sua versão carioca, prestigiou especialmente A Separação, de Asghar Farhadi, um drama comovente sobre a separação consentida de um casal iraniano, que se transforma em um desafio sem precedentes, concretizado por belas filmagens e uma análise profunda daquele país. 

Em São Paulo, o grande vencedor foi Isto Não É um Filme, de Jafar Panahi. O diretor enclausurado por ordem política, também no Irã, foi proibido de gravar filmes durante um período de 20 anos. Com tais imposições, Isto Não É um Filme mostra o recorte exato da privação na vida de um homem comum, que não quer se separar de um dos maiores prazeres de sua vida, o de dirigir filmes. 

Na lista paulistana, também há destaque para Fausto, de Alexander Sokurov, baseado no romance homônimo de Johann Goethe, um dos maiores pensadores e escritores do século XVIII. A forma como Sokurov propõe uma visão sobre a obra é única e envolvente a seus espectadores. Vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza, Fausto é uma obra-prima, que contempla  o cinema russo de forma como não era vista desde o final da década de 80. 

A mais recente produção dos irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne, O Garoto da Bicicleta também se elegeu como um dos melhores filmes da Mostra de São Paulo. A comovente história do garoto Cyril, que em meio ao abandono e à ira, descobre em Samantha, a cabelereira do bairro, uma relação de amizade e compreensão. Premiado em Cannes, O Garoto da Bicicleta renova o modo de filmagem com tom simples e, ao mesmo tempo, emocional, que se envolve aos espectadores de forma única, como se fossem transportados para o campo de ação.

O Garoto da Bicicleta já está nos cinemas. Isto Não É um Filme, Fausto e A Separação estarão em breve nos cinemas nacionais. 

24 de nov. de 2011

Lançamentos em DVD - Gainsbourg: O Homem que Amava as Mulheres

A cinebiografia de Serge Gainsbourg estará em breve em DVD, distribuido pela Imovision. A obra de Joann Sfar é um particular horizonte sobre a vida do cantor, compositor, pintor e boêmio francês, além de um revolucionário que modificaria a música francesa pelas décadas seguintes, chegando até os dias de hoje, ainda com a mesma força de um nome único, como o de Gainsbourg.

Aqui, a vida de Serge Gainsbourg é retratada desde a sua infância, na França, no início da década de 30, passando pelas ruas ocupadas pelos nazistas, chegando aos momentos mais belos e inspiradores de sua carreira, o relacionamento com uma das mulheres mais bonitas da época, Brigitte Bardot, a mesma para quem escreveu a famosa "Je t'aime... moi non plus", tida como a música romântica mais sexy do mundo. A canção foi gravada por Gainsbourg e sua esposa, Jane Birkin, com quem foi casado durante 22 anos. Com tamanha influência, Serge Gainsbourg deixou muitos fãs aflitos com o seu falecimento, no ano de 1991, porém, ilustrando de maneira primorosa o cenário musical atual. Antes da produção do longa, o diretor Joann Sfar ilustrou à mão livre todo o storyboard que iria compor o roteiro. Além disso, confessa que Gainsbourg se tornou uma obsessão para si, desde a sua infância, ao ver suas apresentações pela televisão. Joann Sfar é hoje considerado como um dos mais brilhares quadrinistas franceses da nova geração.

Aos espectadores, Gainsbourg: O Homem que Amava as Mulheres não é apenas uma simples biografia, um documentário qualquer. As intenções de Sfar tornam-a um conto envolvente sobre alguém que foi mais do que um artista; fala de alguém que se tornou um estilo de vida aos seus seguidores.

Veja o trailer de Gainsbourg: O Homem que Amava as Mulheres, em breve em DVD:

23 de nov. de 2011

Em Cartaz - Medianeras e Meu País

Duas produções latino-americanas se destacam nos filmes em cartaz distribuidos pela Imovision: o argentino Medianeras - Buenos Aires na era do Amor Virtual e uma das mais chamativas produções nacionais deste ano, Meu País.

A moderna história que conta Medianeras traz a tona um universo cosmopolita, a capital argentina também faz parte desta urbanização constante, reflexos de um mundo globalizado. Nesta correria, encontramos os jovens Martín (Javier Drolas) e Mariana (Pilar López de Ayala) que, em uma série de desencontros mostram a visão de uma inexplicável solidão. Eles vivem na mesma quadra, em apartamentos quase vizinho, mas nunca se encontram na vida real. Se conhecem pela internet, mas na cidade grande, na vida offline, se cruzam sem sequer saber da existência do outro. Segundo o diretor Gustavo Taretto, a experiência com Medianeras é o resultado de uma observação muito profunda na cidade de Buenos Aires e, especialmente, no modo de vida das pessoas nas grandes cidades, enclausuradas em seus pequenos quartos, vivendo mais no mundo virtual do que na realidade.

Já dos nossos lados do continente, Meu País segue forte pela 7ª semana de exibição nos cinemas. O drama familiar, protagonizado pelo galã Rodrigo Santoro mostra a emocionante história sobre os desafios lançados sobre a vida de dois irmãos e das difíceis desisões que são obrigadas a serem tomadas após a descoberta de uma meia-irmã. Nesta produção de André Ristum, Santoro interpreta Marcos, um homem bem-sucedido que vive na Itália com a esposa e retorna ao Brasil para resolver pendências após o falecimento de seu pai. Ao chegar, se encontra com o irmão Tiago, papel de Cauã Reymond, um jovem playboy e pouco integrado aos negócios da família. Em meio a isso, deparam-se os dois com a existência de Manuela, emocionante papel de Débora Falabella, uma garota que sofre de deficiência intelectual. O destino desta família agora está nas mãos do primogênito, que precisa decidir seriamente sobre o futuro de seus irmãos. 

Medianeras e Meu País são sucessos de exibição, se ainda não deu pra ver, ainda dá tempo!

Veja os trailers de Medianeras - Buenos Aires na Era do Amor Virual e Meu País:



22 de nov. de 2011

Filmes da Imovision concorrem no European Film Awards

Entre os grandes indicados para concorrer aos prêmios do consagrado European Film Awards, contamos com quatro grandes produções distribuidas pela Imovision

Entre os que concorrem como melhor filme europeu do ano, temos O Garoto da Bicicleta, de Jean-Pierre e Luc Dardenne, que conta a emocionante história de Cyril, um garoto de 11 anos que, abandonado pelo pai, inicia uma grande amizade com uma jovem cabelereira, movida especialmente pelo sumiço de sua bicicleta. Também concorre O Porto, do finlandês Aki Kaurismäki, que, de forma única, retrata uma realidade vivida por muitos imigrantes ilegais na Europa, porém, de forma leve e calorosa, mostra a importância de um sentimento de compaixão para a compreensão do universo destes estrangeiros, quando conta a história de um menino africano que chega em Le Havre, uma cidade portuária. Os diretores de ambos os filmes, Jean-Pierre e Luc Dardenne e Aki Kaurismäki também concorrem ao prêmio de melhor diretor europeu na premiação e, como não se poderia faltar, ao prêmio de melhor roteirista europeu.

Além disso, para os prêmios de melhor ator e melhor atriz europeus ainda temos, respectivamente André Wilms, que interpreta Marcel Marx, o protagonista engraixate que se vê mudado pela chegada de um garoto africano em um cargueiro ao passo em que sua esposa adoece, em O Porto e Cécile de France, a bondosa cabelereira Samantha de O Garoto da Bicicleta.  




Dentre os documentários, temos o esperado Pina, do diretor Wim Wenders, na disputa pelo prêmio de  melhor documentário europeu - artístico. O espetáculo documental que envolve-se na particularidade da coreógrafa Pina Bausch é um forte candidato à vitória, levando-se em consideração a sua participação notória na lista de documentários que concorrerão ao Oscar 2012

Para finalizar, a premiação europeia ainda conta com o prêmio de melhor animação e, claro, o belíssimo O Gato do Rabino se destaca entre os concorrentes, pelas suas formas e cores muito concretas, magníficas ao ponto de vista gráfico, esteticamente emocionante.




O European Film Awards acontecerá no próximo dia 3 de dezembro, na cidade de Berlim. 

Em Breve - Para Poucos e Adeus, Primeiro Amor

"O amor é a única coisa que conta. É a minha razão de viver." - Adeus, Primeiro Amor

"Na vida, mesmo se estamos felizes, esperamos sempre que alguma coisa aconteça, que alguma coisa nos arrebate." - Para Poucos

Tanto em Para Poucos como em Adeus, Primeiro Amor, a temática da paixão e do relacionamento amoroso estão em plano principal, levando seus espectadores a uma reflexão profunda sobre as profundas mudanças que acontecem com o ser-humano quando este descobre o sentimento do prazer, promovido pelo instigante sentido causado por aquilo que chamamos de amor. Cada um a seu modo, ambos os filmes tratam de forma muito realista a maneira como as pessoas se relacionam; seja pelo sentimento puro do amor, seja pelo desejo sexual contido em cada um.

Para Poucos conta a história de 2 casais: Rachel (Marina Foïs) e Franck (Roschdy Zem), Vincent (Nicolas Duvauchelle) e  Teri (Élodie Bouchez). Pode-se entender que este emblemático número sugere a todos os espectadores um núcleo principal, que relacionado ao impulso da vida conjugal, iniciam uma experiência nova, onde o amor livre é pregado como um modo de vida. O diretor Antony Cordier trabalha com a quebra dos tabus existentes nas sociedades ocidentais, pegando exatamente tipos presentes nestas sociedades e tranformando-os em verdadeiros homens que não se acanham perante suas vontades e instintos. Eles são guiados pela paixão que sentem uns pelos outros, ao modo em que querem se sentir mais vivos e, sem guardar segredos ou mentiras, são colocados à prova em todos os momentos em que se aprofundam mais nesta busca. Em closes de filmagem, cada personagem pode expressar o grau de suas tensões, sejam elas sociais ou sexuais, evidenciando conflitos pouco aparentes e levando o espectador a um sólido questionamento moral sobre paradigmas sociais existentes e quase nunca comentados.

Em Adeus, Primeiro Amor, a temática destas relações são evidenciadas de forma muito mais singela. A diretora Mia-Hansen Løve guia seus espectadores através de paisagens contrastantes para mostrar os altos e baixos do amor entre dois adolescentes. Camille (Lola Créton) e Sullivan (Sebastian Urzendowsky) são jovens e apaixonados; ela, muito mais do que ele, que decide sem relutar por uma viagem à América do Sul ao invés de estar com a namorada. Ele se vai, ela entra em depressão e, com isso, anos passam até, agora a jovem adulta, superar este trauma de sua juventude. Quase formada, conhece o famoso arquiteto norueguês Lorenz (Magne Havard Brekke); os dois se envolvem. Camille parece feliz com sua nova vida, até o retorno de Sullivan, que muda completamente o viés desta perspectiva, retratada por Hansen-Løve com uma sensibilidade única, sublime e, ao mesmo tempo, inocente, feminino. Um filme emocionante, para todos aqueles que também já viveram um primeiro amor inesquecível.

Veja os trailers de Para Poucos e Adeus, Primeiro Amor, em breve nos cinemas:


21 de nov. de 2011

Pina está entre os documentários que disputarão o Oscar

O tributo feito à coreógrafa alemã Pina Bausch chega a lista de documentários que concorrerão ao Oscar 2012, conforme divulgado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. O longa, dirigido por Wim Wenders é, pelo que se consta, o primeiro filme de arte disponível na versão 3D, tratando-se de uma verdadeira inovação para o campo cinematográfico.

Durante o Festival de Berlim, Pina causou enorme comoção. A obra é uma homenagem que, com visual emocionante, adentra a dança e os pensamentos da coreógrafa Pina Bausch, que faleceu em 2009. Segundo o próprio diretor, a técnica do 3D utilizado soou como algo peculiar, porém que daria uma solução criativa para fazer jus ao magnifico trabalho da artista. De fato, a utilização da técnica foi um importante passo para transportar aos seus espectadores a noção de profundidade e volume, aproximando assim o público de uma realidade totalmente nova. Mesmo assim, o uso do 3D não é o único atrativo na produção, que conta com com um trabalho desenvolvido de forma notória, dando ao enredo uma surpreendente dramaticidade, encarnadas em quatro coreografias desenvolvidas por Pina. São elas “A Sagração da Primavera”, “Kontakthof”, “Vollmond” e “Café Müller”.

Wim Wenders escolheu diferentes cenários para apresentar a arte da dança ao seu público; como túneis, campos, avenidas, lagos, que compõem, junto aos dançarinos, uma imersão de imagens, as quais podem se destacar o sentimento e integração entre personagem/ambiente, captando harmoniosamente toda a dramaticidade presente nas coreografias encenadas. O diretor buscou manter sua atenção no ponto de vista da artista, colocando assim um ângulo diferenciado no que pode ser visto por seus espectadores e, claro, mostrando a peculiaridade do olhar de Pina Bausch.
Pina é, com certeza, um documentário que surpreende e emociona, deixa o seu público com vontade de interagir com a tela e, claro, o efeito 3D permite que esta experiência seja quase real.

Cine Nostalgia - Mika Kaurismäki

Tal qual Jean-Pierre e Luc Dardenne, a família Kaurismäki também está diretamente ligada à arte cinematográfica. Em um interessante processo, o diretor Mika Kaurismäki realiza produções de peculiar estilo, que mesclam especialmente suas experiências diversas em diversos locais do mundo. Mika Kaurismäki, inclusive, possui forte ligação com o Brasil, país que escolheu para viver desde 1992. Por tal ligação, o diretor realizou diversos longas com uma temática tipicamente brasileira, sob a perspectiva de um finlandês. 

Através de sua visão única, Kaurismäki trata as relações pessoais com um tom, ao mesmo tempo, acinzentado - cenário típico de suas produções - e profundamente sarcástico. Nesta seleção, Três Homens e uma Noite Fria (Kolme Viisasta Miestä) e O Ciúme Mora ao Lado (Haarautuvan rakkauden talo) são exemplos muito claros desta ironia muito bem elaborada sobre  profundas questõesdo que diz respeito aos sentimentos humanos, as instituições que os rodeiam e como lidam com os problemas de seus relacionamentos frustrantes.
Em Três Homens e uma Noite Fria, Mika Kaurismäki conta a história de três homens comuns, que atrás de suas fisionomias cinzentas e frias, mostram, através de variadas situações, que ainda possuem um coração que sofre. É assim que Kaurismäki mostra a questão da masculinidade em seus personagens, especialmente pelas questões culturais finlandesas, o semblante frio das três personagens é o foco de um relacionamento entre amigos que não se veem durante anos e decidem se encontrar em um bar para se embebedarem na noite de Natal - cada um com seus próprios motivos: Matti (Pertti Sveholm) é um policial de 50 anos que acaba de se tornar pai; Erkki (Kari Heiskanen) é um galã com uma doença desconhecida e Rauno (Timo Torikka) é um homem que vai à França atrás de seus sonhos ao memo tempo em que abre mão de sua família desestruturada. Em meio a tal desilusão, eles cantam sobre o sofrimento e a miséria humana, regados a álcool, em um retrato irônico, peculiar sobre a amizade.
Já em O Ciúme Mora ao Lado, uma trama cotidiana adquire um humor satírico de intensa profundidade. Um casal, formado por Tuula (Elina Knihtilä) e Juhani (Hannu-Pekka Björkman) decide finalmente pela separação, pensada primeiramente de forma pacífica. O entrave que molda a trama é a dificuldade do casal recém-divorciado em conviver sob o mesmo teto até que a sua residência seja finalmente vendida. Com este cenário pouco usual, Tuula e Juhani são levados a uma verdadeira guerra de egos: ela se une a um carismático piloto de avião e, ele, se vinga contratanto uma prostituta para se passar por sua nova amante. Diante deste cômico conflito, começam a aflorar os verdadeiros sentimentos. Mika Kaurismäki revela, aos poucos, um ponto de vista em suas filmagens que denota a particularidade das ações e emoções de suas personagens, as quais poderiam muito bem ser parentes, vizinhas de seus espectadores. Uma comédia à finlandesa, com um lado gelado e uma percepção de vida completamente única, levada ao público por um viés que encontra o tema universal que cerca as relações pessoais. 
Irmão de Mika, o também diretor Aki Kaurismäki já envolve seus espectadores em mais uma trama surpreendente: O Porto (Le Havre) mostra a visão dos imigrantes ilegais na Europa, em uma trama que, mais uma vez tratando dos sentimentos que vigoram as relações humanas, se dá pelo ar divertido e doce de um lugar cinzento que se colore pela alma de seus moradores. 

Veja os trailers de Três Homens e uma Noite Fria e O Ciúme Mora ao Lado:


18 de nov. de 2011

Saiba onde assistir aos filmes da Imovision

Programação referente a semana de 18/11 a 25/11

Cópia Fiel  
Cinemateca  Paulo  Amorim, em Porto Alegre
Cinemark  Shopping Rio Mar, em Aracaju

Vincere 
Cinemark Shopping D
 
Minhas Tardes Com Margarette 
Cinemas Topázio, em Campinas
Cine Eldorado, em São José do Rio Preto
Usiminas Belas Artes, em Belo Horizonte

Mamute  
Cine Arte Posto 04, em Santos

Esses Amores 
Cine Batel, em Curitiba

Medianeras 
São Paulo
Reserva Cultural

Rio de Janeiro
Cine Joia

Porto Alegre
GNC Moinhos

Salvador
Cinema da UFBA

Borboletas Negras
Cine Santa Tereza, no Rio de Janeiro

Meu País
São Paulo
Reserva  Cultural  
Playarte Praça Da  Moça - Diadema
Cinemark Guarulhos

Sorocaba
Cine Sorocaba

Rio de Janeiro
Cine Gacemis, em Volta Redonda
Cine Santa Tereza
Cine Glória

Maringá  
Circuito Cinemas

Cuiabá
Cine Araújo

Recife
Cine Rosa e Silva
Shopping Recife

Fortaleza
Mulplex UCI Ribeiro

A Criança Da Meia-Noite
Cinemateca Paulo Amorim

Se Não Nós, Quem? 
São Paulo 
Reserva Cultural
Playarte Bristol

Rio de Janeiro 
Estação SESC Botafogo
Estação Ipanema

Porto Alegre
Cine Guion

O Garoto da Bicicleta                                                                                    
São Paulo
Reserva Cultural
Unibanco Arteplex
Playarte Bristol
Cine Cultura
Espaço Unibanco Augusta
Espaço Unibanco Pompeia
Cine Lumière
Cine Espaço The Square Granja Viana (a partir de 19/11)

Rio de Janeiro
Unibanco Arteplex
Estação Ipanema
Estação Barra Point

Belo Horizonte
Usiminas Belas Artes

Salvador
Cinema do Museu
Cinema ds UFBA
Espaço Unibanco Glauber Rocha

Florianópolis
Espaço Beira-Mar (pré-estreia de 18 a 24 de novembro)

Goiânia
Cine Majestic

Estreia - O Garoto da Bicicleta

A mais nova produção dos irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne estreia nos cinemas, mais um vencedor do Festival de Cannes - pelo Grande Prêmio do Juri - O Garoto da Bicicleta aborda, em moldes do sócio-realismo francês, os entraves que circulam as relações familiares. O drama se desenvolve na história de Cyril (Thomas Doret), um menino de 11 anos e sua conturbada relação com o pai, Guy (Jeremie Renier, de Potiche), chegando ao abandono. De fato, a bicicleta de Cyril parece ser a única ligação entre os dois. A partir deste acontecimento, a cabelereira Samantha (Cécile de France), em excelente atuação, se integra à trama, como alguém que necessita de um propósito de vida, preenchido pelo menino. 
Ao mesmo tempo em que o jovem Cyril se vê a frente do suposto roubo de sua bicicleta, passa a procurar incansavelmente por ela, em meio a acessos de raiva e o sentimento de rejeição, pelo completo desinteresse de seu pai em vê-lo, ou sequer ouví-lo, o garoto conhece Samantha, a cabelereira que possui um pequeno salão e um namorado pouco visto, fatos que tornam a jovem apática em um todo. O recorrente encontro entre as duas personagens desenvolve um forte laço emocional, que prova um carinho incondicional, além da relação de amizade e respeito.
A direção dos irmãos Dardenne mostra um filme que se desenvolve em ritmo leve e natural, com filmagens significativas, mostrando mais uma vez, a visão única de Jean-Pierre e Luc Dardenne, que emociona seus espectadores com a surpreendente atuação de Thomas Doret e Cécile de France. O Garoto da Bicicleta é um drama envolvente que deixará seus espectadores, mais uma vez, completamente tocados pela simplicidade e alcance da trama. 

Veja o trailer de O Garoto da Bicicleta:

17 de nov. de 2011

Lançamentos em DVD - Enfim Viúva e Aproximação

Nesta semana falaremos de dois esperados lançamentos em DVD são destaque: o aclamado Aproximação, de Amos Gitai e o divertido Enfim Viúva, de Isabelle Mergault.

Enfim Viúva conta a irreverente história de Anne-Marie (Michèle Laroque), uma mulher que possui tudo o que deseja: uma boa vida, uma bela casa com móveis de luxo e, claro, Gilbert (Wladimir Yordanoff), um marido cirurgião plástico. Seria a vida perfeita se Anne-Marie não estivesse se tornando menos atraída pelo marido e, como em uma boa comédia, se aproximando cada vez mais do amante Leo (Jacques Gamblin). Nada poderia sair do padrão, até ela aceitar um inusitado convite de Leo, para juntos, embarcarem rumo à China e, exatamente no mesmo dia, Gilbert sofrer um acidente fatal de carro. Com a morte do marido, a família se mobiliza totalmente em relação à "pobre viúva", porém ela só pensa em reencontrar o amante, uma tarefa difícil de ser feita com todos os cuidados destes preocupados familiares. É, com certeza, uma produção sem qualquer pretenção, que anima os seus espectadores e os deixa com uma incrível vontade de rever Enfim Viúva a qualquer momento.

Em Aproximação, o diretor Amos Gitai utiliza o tema do drama político para ambientar uma história que se passa em dois lugares, a princípio: na França, Uli (Liron Levo), um jovem israelense vai ao funeral do pai e lá encontra a sua meia-irmã, Ana (Juliette Binoche). O encontro dos dois é amigável, porém, ao ler o testamento de seu pai, Ana se surpreende com o conteúdo ali escrito, que revela verdades e segredos. Ana então embarca para Israel, com a finalidade de resolver pendências de um passado pouco conhecido. Nesta envolvente trama, ao mesmo tempo em que a personagem viaja a Israel, ocorre, no momento histórico, a retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza. Ao longo desta viagem, Ana faz uma busca pessoal por aquilo que chama de identidade, quando é separada do irmão e obrigada a seguir sozinha o caminho no distante país. Com isso, Amos Gitai também mostra aos seus espectadores um profundo retrato sobre a realidade do Oriente Médio, assim como em outras obras, dando um toque único aos seus personagens e a ligação que possuem com este grande choque cultural.

Confira os trailers de Enfim Viúva e Aproximação, breve em DVD:


16 de nov. de 2011

Em Cartaz - A Criança da Meia-Noite e Esses Amores

As relações humanas são o ponto central de Esses Amores, de Claude Lelouch e A Criança da Meia-Noite, de Delphine Gleize. Com um toque marcante aos espectadores, ambas as produções estão em cartaz pelos cinemas do país. 

Em A Criança da Meia-Noite, a amizade entre um médico e seu paciente é o tema de destaque na produção; nela, o dermatologista David (Vincent Lindon) possui como paciente o jovem Romain (Quentin Challal), que sofre de uma rara desordem genética que o impede de ser exposto à radiação ultravioleta, presente na luz solar, chamada de Xeroderma Pigmentoso. Com isto, o médico é responsável pelos cuidados com o garoto desde que ele era pequeno, desenvolvendo assim uma relação de grande proximidade entre eles, além do fato de que o jovem fora abandonado por seu pai. Esta ligação está presente e é mostrada por Delphine Gleize a partir de uma visão única sobre as relações pessoais, que é brutalmente transformada com o anúncio de que David precisa deixar o caso. Quando a despedida entre as duas personagens se aproxima, então chega o momento em que ambos precisam passar por uma provação. A diretora, em sua mais recente obra, baseou-se em diversos estudos sobre a doença, para, inclusive, desenvolver o figurino especial utilizado por Romain.

Já em Esses Amores, um drama que se pauta na temática do amor, com os traços já conhecidos e peculiares de Claude Lelouch, muitas vezes confundido e considerado simplista e superficial, porém, segundo o próprio diretor, os filmes contam histórias que realmente acontecem na vida real, algo que coloca, de fato, seus espectadores para refletir sobre a efemeridade dos sentimentos e da visão do amor. Nesta produção, a história contada é a de Ilva (Audrey Dana), uma mulher nascida na primeira metade do século XX, determinada e moderna, uma mulher a frente de seu tempo que vive intensamente sua paixões sem deixar que as regras sociais ou as dificuldades a impeçam de sonha. Tudo isso até, em plena Segunda Guerra Mundial, se apaixonar por um nazista e, após a retomada da França, apaixonada por dois homens ao mesmo tempo e sem capacidade de escolher, faz com que dois amigos iniciem uma disputa particular. Uma emocionante obra, que faz o público pensar o que realmente é o amor, a paixão e o desejo, encenados de maneira tão intensa. 


Veja os trailers de A Criança da Meia-Noite e Esses Amores, ambos nos cinemas:


"A Separação", de Asghar Farhadi é o grande vencedor do 8º Amazonas Film Festival

O diretor iraniano Asghar Farhadi vem se consagrando com seus filmes de grande sucesso de público e crítica desde Procurando Elly, que levou para casa o Urso de Prata de Melhor Diretor no Festival de Berlim, melhor diretor e prêmio da audiência no Fajr Internacional Film Festival do Irã, Melhor Filme no Festival de Tribeca, e selecionado por seu país como representante no Oscar, porém não figurou os finalistas concorrentes à estatueta.
Por A Separação, Asghar Farhadi já recebeu os prêmios de melhor diretor, melhor longa-metragem e prêmio da audiência no Fajr Internacional Film Festival do Irã; prêmio do júri ecumênico, do júri Leitor do Berliner Morgenpost; Urso de prata de melhor ator e atriz, e Urso de Ouro no Festival de Berlim deste ano - sendo o primeiro filme da história a levar para casa três Ursos no festival - e foi classificado pelo IMDb como um dos melhores 250 filmes já feitos.

Além desses prêmios conquistados, recentemente A Separação levou o prêmio máximo na Mostra Competitiva Internacional de Longas-Metragem do 8º Amazonas Film Festival como melhor filme e melhor roteiro para Asghar Farhadi.
A Separação ruma ao Oscar 2012, concorrendo como melhor filme estrangeiro. Segundo o blog Spoiler Movies em uma pesquisa feita sobre as especulações do Oscar, o filme de Asghar Farhadi - representando o Irã - tem 100,0% de chance de figurar a lista dos concorrentes à estatueta.

A Separação conta a história da separação de Nader (Peyman Moaadi) e Simin (Leila Hatami), um casal diferente dos que estamos acostumados a imaginar no Irã: Nader um marido compreensivo e não machista, aceita em ceder o divórcio a Simin, que quer deixar o país junto a ele e sua filha porque não quer que a garota cresça no Irã. Porém, seu pai é um idoso que sofre de Alzheimer em estágio avançado, que necessita de seus e por este motivo ele não aceita deixar o país e abandoná-lo. Nader é obrigado a contratar uma diarista - sem o aval de seu marido, e grávida - para tomar conta de seu pai enquanto trabalha. Diante disso uma série de acontecimentos seguidos de problemas caem sob a família.