Esses Amores (Ces amours-là), o mais novo filme do consagrado diretor francês Claude Lelouch que será distribuído pela Imovision, chega aos cinemas brasileiros esse mês.
Claude Lelouch é diretor de muitas pérolas do cinema francês, como "Um Homem, Uma Mulher", de 1966, que levou o Oscar de melhor produção estrangeira e o de roteiro e indicado como melhor diretor, e vencedor da Palma de Ouro em Cannes; "Viver por Viver", de 1967, e o belíssimo "Retratos da Vida", de 1981.
A arte é notável em Esses Amores. Possui total essência musical, onde a narrativa da vida de Ilva é feita por um casal de músicos que estão sempre ao seu redor reproduzindo seus dramas pessoais em forma de melodia.
Esses Amores é um projeto antigo idealizado por Lelouch como uma espécie de filme síntese de sua carreira, e traz diversas referências de seus próprios filmes anteriores, além de trechos de filmes de diretores que o influenciaram ao longo de sua trajetória, como Jean Gremillon, Victor Fleming e Marcel Carné.
O filme é cheio de inserções e brincadeiras sobre a historia do cinema e referencias a filmes que a marcaram, como uma resposta à François Truffaut, Jacques Rivette, Jean-Luc Godard e Claude Chabrol, cineastas que inauguraram o movimento cinematográfico Nouvelle Vague, o qual Lelouch não é adepto e declarou em uma entrevista em 2008 no Estado de São Paulo: “A nouvelle vague foi muito útil para mostrar como não se deve filmar”.
O diretor acredita que a Nouvelle Vague afastou o público dos cinemas e criou uma estética espetaculosa, de nariz empinado, que não se enquadra com o que pensa sobre o cinema.
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Ilva (Audrey Dana) e seus amores de "Esses Amores". |
Esses Amores é uma síntese da vida real acrescentado à síntese da história do cinema, que hoje em dia é muito presente na vida da grande maioria das pessoas.
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